sábado, 11 de agosto de 2012

2054

Eu queria pular para o próximo nível, queria sair daqui e ir pra outra etapa mas não consigo. Sei que só eu me impeço de sair daqui mas me acostumei a estar aqui, a viver isso, um dia de cada vez assistindo sem participar de nada do que acontece.
Vejo que sobrei, fui demais e acabei transbordando e virando nada, só o vazio.

Três e cinquenta e quatro da manhã, não faz tanta diferença, os dias são iguais. Nublados, escuros aqui e com o sol brilhando lá fora mas isso não me incomoda, nunca fui alguém do sol, dias cinzentos sempre combinaram mais comigo, desde menina. Nasci no outono, o que se espera disso?
As noites de sono são escassas e mal dormidas, mas já não sei até onde me incomoda pois o sono não me descansa mais. Também não saberia o que fazer ou como fazer essa exaustão passar, dói mas é uma dor estranha porque dói sem doer.. por aqui é tudo assim.

Quatro e quatro da manhã. Corpo são, mente insana e vice versa.

sábado, 4 de agosto de 2012

"A gente é uma espécie de elétron sem núcleo que tem um cartão de crédito no lugar do cérebro, um aspirador no lugar do nariz, e nada no lugar do coração."

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

4h31

Há muito venho buscando inspiração, olho blogs, leio fotos, respiro música mas por algum motivo não me inspiro. Começo a achar que a graça acabou.
Sabe aquele nada que vem sei-la-de-onde e te tira tudo? É mais ou menos isso, vim do nada e agora sou nada mas o pior é não saber como mudar isso porque é doloroso mas é uma zona confortável; nada acontece de bom e nem de ruim, é só nada.
Tem dias que eu queria que doesse, bem lá no fundo, bem agudo, aquela dor desesperadora, só pra ver se sinto alguma coisa, só pra ter certeza de que sou algo além de nada mas esse dia nunca chegou.
Talvez nunca chegue, quem sabe no meio da espera encontre minha redenção.

Tão ocupada vivendo que se esqueceu como viver.